sexta-feira, 30 de outubro de 2009

PERTENCER

Segundo o dicionário, PERTENCER significa fazer parte de, combinar, adequar-se, relacionar-se, afinar, ajustar, casar, harmonizar. Palavras, expressões frias se não sentidas. O pensar sem antes transitar por uma reflexão através de espelhamento é de fácil conceito e é só um amontoado de conjurações.

Nomear uma emoção é dar a ela o direito de se pronunciar, de se esclarecer quando for o momento. Se pararmos para relembrar certos momentos de nossas vidas poderemos reconhecer o quanto sentimos PERTENCER. Pode ter acontecido na família quando um filho traz todo feliz ou triste seu boletim, quando o marido ou a esposa diz que foi bom algo que aconteceu ou que não foi, na escola quando o professor devolve com um olhar amoroso para uma colocação; no profissional quando recebeu um “muito bom” ou “você pode melhorar”; na rua quando alguém fêz um comentário, etc.

Há algum tempo atrás senti esse PERTENCER e o pronunciei num estado de surpresa. Palavra com emoção. De lá para cá sentimentos precisaram vir à tona para que eu pudesse começar a compreender a sua magnitude. A luta para existir não precisava mais ser travada porque havia reconhecido que eu PERTENCIA em muitos corações. Alguns corações tomaram outros rumos, nos distanciando no espaço, mas permanecendo juntos cada vez que as lembranças se tornam presentes. Assim como eu os sinto vivos creio que o mesmo acontece com eles.

As pessoas precisam trilhar um caminho, nem sempre muito agradável, para poder chegar ao que sua alma quer. Sua função aqui. PERTENCER me levou a questionar o AMOR. AMOR, no meu entender é dar aquilo que tenho de melhor, com prazer, com paixão, de aprender e devolver, de transformar o que estiver ao meu alcance, é deixar ir, é respeitar o silêncio, é acreditar que todos temos força e que cada um está no seu momento.

O estado de PERTENCER assim como o de AMOR é PAZ, é FÉ.

Ao subir “degrau por degrau” vou me disponibilizando para recepcionar novos entendimentos e cresço como ser humano permitindo que minha alma se revele.

Elizabeth Sartori

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

ISSO É QUE É DECIDIR...

A PARTIR DE HOJE EU ME AUTORIZO...
...a me sentir valorizado(a), mesmo quando os outros não reconhecerem o meu valor;
...a dar uma oportunidade para o amor, mesmo quando meu coração insistir em manter as portas fechadas;
...a sentir prazer, mesmo quando a culpa e o medo tentarem roubá-lo de mim;
...a confiar nas minhas capacidades, mesmo tendo me acostumado a menosprezá-las;
...a superar minhas limitações, mesmo tendo desistido de enfrentá-las;
...à felicidade;
...às grandes oportunidades;

A PARTIR DE HOJE EU ME AUTORIZO...
...a acreditar no melhor da vida, mesmo estando acostumado(a) a acreditar que isso não passa de utopia;
...a dar o meu melhor sorriso, mesmo que talvez eu não receba outro de volta;
...a vestir a roupa mais bonita, mesmo quando eu me sentir feio(a) e caído(a);
...a expressar palavras de alegria,mesmo quando eu me sentir triste e desiludido(a);
...a ser corajoso(a), verdadeiro(a) e generoso(a), mesmo não recebendo nada em troca;
...a oferecer o melhor de mim todos os dias, com a certeza de receber o melhor da vida; pois não há dádiva maior do que conhecer o melhor que está em mim.

A PARTIR DE HOJE EU ME AUTORIZO...
...a aceitar os anseios de minha alma;
...a sentir os desejos que pulsam em meu coração;
...a conhecer minhas emoções mais profundas;
...a despertar meus talentos e potencialidades;
...a trabalhar para realizar meus verdadeiros sonhos;
...a me libertar para encontrar meu caminho;
...a valorizar o que tenho e o que sou;
...a ter coragem de reconhecer o que é importante para a minha vida;
...a ser vitorioso(a)na minha vida pessoal e profissional;
...a não me comparar nem me desvalorizar;
Porque onde estou e como estou é a porta de entrada para a realização da minha história. Uma história única e fascinante na qual a autenticidade é minha maior diretriz.

A PARTIR DE HOJE EU ME AUTORIZO...
...a viver o meu presente;
...a viver o meu melhor;
...porque estou no lugar certo com as pessoas certas e na hora certa;

POR ISSO ESCOLHO:
-a coragem, em vez do medo:
-a fé, em vez da dúvida;
-o amor, em vez da mágoa;
-a luz, em vez da escuridão;
-escolho fazer da confiança a minha bússola,bússola que me guia para atravessar mares e abrir novos caminhos;
-a partir de hoje confio que o melhor infalivelmente acontece, e muitas vezes o melhor não é o que espero,mas aquilo de que preciso para trilhar meu verdadeiro caminho.

Enviado pelos amigos Fátima Corga e Carlos Anibal, do Instituto Luz

terça-feira, 20 de outubro de 2009

A palavra entusiasmo é de origem grega e significa “ter um deus dentro de si”. É um arrebatamento, um encantamento pelos feitos de um deus que nos leva a ter vontade de realizar algo, cujo resultado nos é dado por uma fantasia criadora. Os gregos eram politeístas e tinham deuses para a multiplicidade dos sentimentos. As pessoas, segundo os gregos, quando imbuídas desse entusiasmo eram capazes de vencer os desafios, criar uma realidade ou modificá-la. Elas acreditavam em si e agiam na busca de seus objetivos. O vídeo abaixo retrata o herói que aceitando sua fantasia, vive o spiritus phantasticus, embora a expresse metafisicamente em vez de psicologicamente. Jung diz: “O espírito pode reivindicar legitimamente o “patrias potestas” (pátrio poder) sobre a alma;...” e “Quando o primitivo ‘pensa’, ele tem, literalmente, visões, cuja realidade é tão grande que ele confunde, freqüentes vezes, o psíquico com o real.” No vídeo fica claro o espírito (representado pelo simbolismo do vento), o entusiasmo (pela sua caminhada), bem como o aspecto sombrio do espírito (pelo resultado da abertura do pote) e finalmente o objetivo, mas pensemos sobre o objetivo: O que de fato esse menino queria fazer? Uma manifestação de poder? Durante o trajeto ele respeitou a si mesmo e às pessoas? Ele foi egoísta? Ele foi tenaz? Foi uma manifestação de amor? Mas e no caminho, ele aprendeu algo? Ou só o resultado final era importante? ENTUSIASMO É ACREDITAR QUE É POSSÍVEL FAZER DAR CERTO, PORÉM, RECEPCIONAR AS EXPERIÊNCIAS QUE O CAMINHO OFERECE É PERMITIR QUE A ALMA FAÇA UMA PONTE ENTRE O SONHO E A CONCRETIZAÇÃO.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

TODO DIA É DIA DA CRIANÇA

Num playground de um conjunto de apartamentos crianças brincam de jogar areia umas nas outras. O zelador vai ao encontro delas e irritadamente lhes diz que elas NÃO devem brincar assim. Ameaça dizendo a um garotinho que se ele não parar, ele, o zelador irá contar para os pais. O garotinho encolhe os ombros e numa atitude irreverente diz: Pode contar! Não ligo.

Vejo no trânsito pessoas brincando de jogar papéis pela janela de seus veículos. Uma vez, a um bom tempo atráz, aconteceu comigo. Estava levando uma pessoa e ela simplesmente baixou o vidro e atirou a embalagem para fora do carro. Eu lhe disse: NÃO faça isso. E ela me respondeu: Todo mundo faz.

No noticário vemos pessoas indignadas com a devastassão do planeta, camada de ozônio, matança de animais e assim por diante. Estas pessoas se cansam de colocar na mídia o que NÃO deve ser feito para que a nossa casa não se desabe.

Se pensarmos bem, podemos ir além desses casos e questionar nossas atitudes em diversas áreas de nossa vida, nas pequenas atitudes e nas que requeiram mais atenção ou outras, como p.ex.: relacionamentos entre pais e filhos, entre homem e mulher, entre o homem e a natureza, entre o homem e sua carreira...Existe aqui não só uma ignorância no trato com essa criança como também, é claramente visível a falta de conscientização de ambos, daquele que brinca e daquele que diz não.

Na medida que crescemos sob todos os aspéctos, temos a possibilidade de nos conscientizarmos dos por quês. Creio que só se adquire um respeito pela criança, pelo passageiro, pelo planeta... quando entendemos a importância da conscientização, o que gera em nós, um olhar de compreensão e a possibilidade de encontrarmos um meio melhor para ensinar à essas “crianças pequenas e grandes” que brincar faz bem, que enquanto brincamos podemos olhar para nós mesmos e perceber nossas emoções, nossos desejos, nossas fantasias e então escolher o que é melhor para todos.

Podemos ser mestres para os nossos discípulos e quando eles se tornarem mestres aí sim, podemos ser chamados de MESTRES.

sábado, 10 de outubro de 2009

Dois gênios da pintura



Dois opostos, que nos encantam, que nos remetem a mundos claramente diferenciados. Dois gênios da pintura são Canalleto, pintor paisagista e Iman Maleki, pinturas mais que fotografias.
Vendo essas obras viajei junto com os pincéis desses gênios.

Nas pinturas de Canalleto, ricas em detalhes, a vida é uma festa, parece que tudo está em movimento, existe alegria, conversas tolas e enigmáticas. Entre valorização da cultura e do social, desfilam homens e mulheres com interesses em comum para transformar em concreto, através da sedução e da conquista os seus sonhos e ideais de sua época e espaço.

Já nas pinturas de Iman Maleki, com seus traços delicados porém firmes e nítidos, expressam a vida na introspecção, Retrata o dia a dia das pessoas nas situações mais simples com uma certa dose de isolamento e sofrimento. Para mim, a busca da sabedoria é o elemento em destaque nestas obras. Há profundidade nas expressões de seus rostos e em seus olhos distantes. O social parece não contar nelas e sim a individualidade.

D I V I N O é o que posso dizer desse conjunto.

domingo, 4 de outubro de 2009

SOMOS TODOS ARTISTAS, MAS SERÁ QUE SABEMOS DISSO?

Ao longo de nossas vidas, equivocados, pensamos estar atuando no meio como pessoas que sabem o que estão fazendo. Durante uma boa parte caminhamos nos relacionando com pessoas em todas as áreas e acreditamos estar fazendo o que é certo. Começamos logo cedo, vamos brincar com nossos amiguinhos, depois entramos para a escola, para a faculdade, fazendo um curso e outro, vamos ao mercado de trabalho e nos sujeitamos a qualquer atividade profissional, encontramos uma pessoa para compartilhar nossas necessidades de estar com alguém que nos veja , mas ao mesmo tempo nos colocamos como sabedores do que estamos fazendo, chegamos ao casamento, temos filhos e tudo isso acontece dentro de uma panela de pressão. É, ficamos lá cozendo, se sujeitando à pressão do calor dos nossos desejos não atendidos. Mas chega uma hora, que essa água precisa sair e então o bico da panela começa a assoviar e a expelir a água em forma de vapor. Aos poucos percebemos que tudo o que vivemos não passou de algo que não atendeu ao que desejamos de mais íntimo, que estava guardado a sete chaves. Percebemos que não buscamos nada, nos entregamos às solicitações do que achávamos que os outros queriam e então, entendemos que a panela precisa ser aberta, pois o que estava lá dentro já está mais do que vivido e se transformou. Às vezes, por não delimitar o tempo de cozimento, tudo ou parte é queimado e o melhor a fazer é jogar fora e começar de novo. Começar de novo com cuidado, com a atenção, colocando os ingredientes apropriados. É o recomeço que pode levar a um ótimo prato e apetitoso.

O artista que está em nós faz isso acontecer, muitos nem se dão conta da importância que tem e ficam buscando por caminhos distorcidos a aprovação do mundo, outros fazem sua obra, mas não a mostram porque não a valoriza com a alma. Esses artistas sofrem porque estão influenciados pela inconsciência de sua capacidade de atração e usam de artifícios outros que fazem com que o caminho permaneça ainda mais difícil. Depois de muito tentar, depois de deixar por muito tempo essa água em ebulição, fazendo uso de repetidas atitudes, o artista pode se dar conta que não é bem por aí. É preciso encontrar um caminho mais genuíno, mais direcionado para atender ao objetivo da psique.

Quando fazemos uso de artifícios inadequados é o mesmo que não perceber que a comida queimou ou está queimando no fundo da panela de pressão.


Texto de Elizabeth Sartori

sábado, 3 de outubro de 2009

Prajapati e sua grandeza

No princípio, Prajapati era sozinho neste mundo: ele pensou: Como posso propagar-me?

Esforçou-se, praticou o tapas (auto incubação); gerou de sua boca, então, agni (o fogo); e porque o gerou de sua boca, agni é consumidor de comida...

Prajapati refletiu: ‘Como consumidor de comida gerei de mim este agni; mas não existe aqui outra coisa que não eu para ele comer; pois a terra foi criada toda nua; não há ervas e nem árvores'.

De repente, agni voltou-se contra ele com a face escancarada...Falou-lhe então sua própria grandeza: ‘Sacrifica’.

E Prajapati reconheceu: ‘Minha própria grandeza falou a mim’; e ele sacrificou...Surgiu então aquele que lá brilha (o sol); surgiu então aquele que aqui purifica (o vento)...E assim Prajapati se propagou pelo sacrifício e se salvou da morte que, como agni, queria devorá-lo...”