Nós, na nossa egocentricidade pensamos que confrontamos com o que não nos agrada, mas será que é isso?
O que me parece e que fazemos uso de uma atitude infantil para nos livrarmos da responsabilidade desse confronto.
Tomados pela emoção, ficamos cegos diante de uma situação, gritamos, esbravejamos porque no momento do acontecimento, somos tomados por uma força que parece aniquilar toda a consciência. Quantos de nós já vimos uma criança não atendida em seus desejos? Pois é! Ela não quer saber se você pode ou não atendê-los. Ela simplesmente quer e grita por isso, chora por isso, briga por isso, não é mesmo?
Quando vamos adquirindo consciência já não é mais assim. Se nos comportamos como crianças, nos sentimos mal logo em seguida e nos sentimos culpados pela forma como conduzimos a situação, mesmo assim, entregamos a responsabilidade ao outro como se este fora responsável pela nossa decepção. É um misto de ser responsável pelo que falamos mais a egocentricidade.
Com mais um pouco de consciência e no momento em que a situação está acontecendo, nós vamos nos sentindo mal, agora não mais depois do ocorrido, além desse mal estar já somos capazes de perceber que temos nossa parcela de responsabilidade no confronto.
Acredito que a individuação (ser um indivíduo na sua totalidade) é o momento em que, seguros de si mesmos, dialogamos com os nossos problemas, com as nossas dificuldades, com os nossos dissabores, nos sentimos aptos a reivindicar nossos direitos, respeitando as leis da natureza. Bem, é estarmos com os sentidos atentos e voltados para os mundos interior e exterior.
Tarefa fácil!? Não é uma tarefa fácil.
Enquanto somos jovens acreditamos no amanhã, vivemos uma ilusão. Aproveitamos do fator tempo acreditando de fato que ele está a nosso favor. A morte!!! Nem pensar!!! Esse é um assunto proibido na primeira metade da vida, é assustador e não tem vez nesse período da vida.
Já na segunda metade da vida, o caminho toma um outro rumo. Começa a preparação para a morte, no entanto, acredito que é nesse período que começamos a viver. Queremos aproveitar cada minuto do dia, mesmo que seja para não fazer nada. O fato de estar consigo mesmo, vivo, produtivo e saudável física e psicologicamente é uma benção.
Há os que ainda não entendem essa forma de pensar e criticam acirradamente, por exemplo, as pessoas da terceira idade, não sabendo que a experiência de vida que eles tem é o seu maior tesouro e que qualquer pessoa pode ser presenteada com uma jóia dele. É só querer!
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