segunda-feira, 29 de junho de 2015

HOMEM = CONSICÊNCIA.......MULHER = INCONSCIÊNCIA

Na estrutura freudiana o Édipo nunca fecha. O sujeito desejante transformará todo o “objeto a” (a letra "a" em minúsculo qualifica uma alteridade, alguma coisa que está para além do sujeito desejante, que ele quer para si e que nunca é alcançado) num fantasma e a maior eleita pelo masculino será o do feminino, visado como objeto de gozo total, impossível de ser completado, pois esse gozo total pertenceria ao desejo pela mãe, interditado e castrado simbolicamente na estruturação do Édipo, uma vez que essa mulher pertence ao Pai. Ao introjetar essa Lei do Pai que proíbe o incesto com a mãe a criança agora se inscreve na ordem cultural que emana desse Nome-do-Pai (sentido da vida, lei, metáfora paterna). Ela se torna um ser social que aceitou a castração para se inserir na ordem da cultura e a quem faltará para sempre esse falo simbólico ao qual, miticamente, todas as fêmeas pertenceram um dia e que, agora, pertence ao pai que lhe interdita e o castra com relação à mãe e cujas funções ele procurará recuperar parcialmente por meio de “objetos a” metonímicos. Neste contexto, o falo sempre será o significante de uma falta.



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terça-feira, 23 de junho de 2015

AMADO, AMANTE, DOM E O DESEJO

O amante busca o amado porque o amado é facilitador da perspectiva de uma imagem, ideia de um desejo, ideia interior. O amante acredita que o amado atenderá seu desejo, mas como o desejo é um elemento da falta, para que a elaboração dele seja concluída é preciso verbalizar.

 “A gente ama que a gente acha que responde a questão: quem sou eu? Amar é supor no outro um saber sobre o meu ser. Por isso, Lacan chama a relação do analisando com o analista de amor de transferência. Esse amor não tem como base a afetividade, mas uma suposição: o analista detém a chave do meu ser.” (Cláudio Pfeil)

O indivíduo precisava fazer algo para os deuses para que lhe dessem um agalma (prêmio). Havia uma reciprocidade o que conferia ao homem um prêmio divino, por isso era religioso. Quando havia fartura agrícola, em reciprocidade, o indivíduo devolvia aos deuses o melhor do que colheu porque desejava uma plantação para entregar aos deuses como reconhecimento. Os objetos religiosos que conferia ao indivíduo um prêmio divino podia ser uma coroa de louros, espada, etc.

Regra: O indivíduo tem que lutar, plantar, colher. Ele apresenta o dom e ganha o agalma de retorno que não é um objeto em si e sim um prêmio divino implicando uma proibição ao incesto.

O indivíduo pretende algo do pai divino e aquilo que é objeto da sua pretensão é o agalma. A mulher é agalma porque o homem tem que pegá-la do pai, então ele é o pretendente. A mulher como individualidade lhe escapa sempre. Na verdade, ela, como todo objeto de desejo, pertence à esfera deste “objeto a” (a letra "a" em minúsculo qualifica uma alteridade, alguma coisa que está para além do sujeito desejante, que ele quer para si e que nunca é alcançado), parcial, metonímico por definição, mas que consegue ancorar a pulsão do desejo por algum tempo. A mulher real e individual, presente no ato sexual representa, portanto, apenas a possibilidade nessa série infinita que alucina o masculino. Essa mulher real não existe para o homem e está além das possibilidades, uma vez que ele está preso na fantasia original de desejo por todas as mulheres e por aquela mãe interditada que pertenceu ao Pai mítico.

Quando nos sentimos falsos encontramos a mimeses (imitação) que forja algo. Ex.: A busca por um diploma é uma pretensão. Tem uma estruturação arquetípica que força a linguagem. A mulher é um objeto de pretensão, o agalma, o direito de seguir em frente, romper com o Édipo, mas a relação da fêmea com o macho não é vulgar. Existe um critério. Ela não pode ceder ao homem que não tem o dom, que não rompeu com o Édipo.

Na fase seguinte onde o agalma deixa de ser divino e sim monetário o indivíduo passa a imitar porque quer o valor para se destacar. Na essência ainda busca este agalma o que mostra que ele não saiu do instinto. Nessa fase, o dom fica mais difícil de ser recepcionado porque é preciso construir a consciência onde há necessidade de elaborações na procura do que lhe dá prazer, o que faz melhor.

As imagens são a força do complexo e só conseguimos pinçar algumas de suas imagens. Os complexos são responsáveis por aquilo que o indivíduo ouve e fala e através desse movimento querem se manifestar. O feminino tem um papel de agalma frente ao homem que só pode conseguir através da linguagem. Quando o feminino é incipiente, o masculino é voluptuoso e ambos estão exagerados. O feminino está tão inconsciente que projeta no homem um masculino exagerado, e ele não consegue parar de produzir trazendo de tudo para a mulher para contentá-la. O mesmo se dá na psique de uma única pessoa. Quando o feminino é pobre, o masculino será exagerado em suas ações.
 
Nem todos querem um dom, como trabalhar pelo trabalho, e sim um objeto de desejo porque se o indivíduo tiver um dom ele vai querer seu dom em movimento, não como aquele que se agarra ao lucro. O dom não é corrupto e sim simbólico. É preciso querer desenvolver o automorfismo.

Porque as pessoas começam a imitar um dom?  Para estabelecer a linguagem, para reduzir o imaginário. Sabedor de que os desejos resultam numa falta e é uma ilusão, a elaboração deles resulta num fator motivador, uma vez que o inconsciente se realiza quando produz automorfismo (é a competência, a necessidade de formar seu próprio ser, a partir dos elementos particulares, que constituem no interior da coletividade e, se necessário, independentemente desta ou em oposição a ele). Uma maneira de se olhar para um desejo é a frustração que ele promove porque mostra que algo é falso. Quando se acha o dom o indivíduo sabe que vai frustrar e que isso faz parte para uma nova descoberta. ESSE É O SACRIFÍCIO!

Todas as metas tem uma falta infantil que solucionada leva ao dom. A psique retira a libido e o indivíduo vive o luto. Largando a ilusão promoverá o descobrimento do que ela tem de verdade como dom.

A PARTIR DO OUTRO NOS LIBERTAMOS DAS NOSSAS  ILUSÕES.





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terça-feira, 16 de junho de 2015

O COMPLEXO DE INFERIORIDADE, A MEGALOMANIA E O BELO

Porque é que eu desejo?  É uma emoção específica porque se o indivíduo tiver aquilo que ele quer conquista algo dos deuses, pois o que importa para o indivíduo é a perspectiva do desejo e não a meta.

O Banquete de Platão explora, segundo Lacan, as emoções que norteiam os indivíduos para falar de amor que é dos deuses. Por ser uma emoção divina é um estado de ser abençoado, um agalma (prêmio).

O indivíduo com seu tipo psicológico tem um desejo de acordo com a sua função principal.
Ex.: O tipo pensamento quer um pensamento mais eficiente e assim por diante, aí ele se torna mais megalomaníaco. Na esperança de se atingir esse desejo ele ganha um agalma. É um registro de ser premiado para ganhar algo, mas por causa da megalomania que é a compensação de um complexo de inferioridade, faz com que ele se distancie do agalma.

Cada um tem um tipo psicológico que é regido por uma função principal. Essa função principal é o modo como o indivíduo atua, como p.ex.: os tipos pensamento que se sentem confortáveis fazendo uso de conceitos, mas em contrapartida, esse tipo tem uma função inferior que é a sentimento que é aquela que dá valor ao objeto. À medida que a função principal se instala, precisa trazer a inferior à tona e essa função só vem por projeção, por aceitação no outro. Ao suportar a função inferior no contato com o outro possibilita que o indivíduo consuma a energia que o destrói.

O pedido do outro nas relações é para que se sacrifique algo. Esse pedido pode estar implícito nas ações.
Ex.: Um homem dá o cartão de crédito para a mulher e ela compra muitas coisas que não usa. Ela está dizendo que ele não enxerga sua megalomania.

Quando a pessoa é escolhida dentro da sua vulgaridade, ela é levada para uma sensação de importância. Começa a se vestir bem, fica cheia de vontades, mais alegre, etc..., porque produz um arrefecimento na direção do agalma e a angústia diminui, em compensação produz uma inflação. Mas no estado de amor onde a perturbação não estabelece picos, a megalomania é convocada para uma posição mais próxima do indivíduo porque tem o complexo de inferioridade diminuído e isso é fundamental.

Quando a classe média está no poder é ela que determina a direção do agalma, da conquista como o desejo de possuir uma Louis Vuitton, por exemplo. Mas se o indivíduo quer vir para a classe média, precisa cumprir essa meta incorporando o complexo ao ego e mudando seus gostos com certa resistência em entrar no novo status.

A classe média compra tênis de US$150 pela Internet e o pobre compra aqui no Brasil por R$1.000 mostrando o quanto ele se assalta, já que para ele o status desse tênis é muito maior. Ele se rouba porque não tem ferramentas para entender que a pretensão está alta, o que leva o país à inflação.

O que é esse belo interno? O complexo ganha consciência e se projeta fora. A projeção fora demora mais do que dentro. É como o Frankenstein que é a meta da classe média, quase como um deus, uma criação divina para compensar o complexo de inferioridade. O Frankenstein é criado para que o indivíduo possa lidar com o mostro, para compreender o belo. Ele, o monstro, quer uma mulher, como não a tem, mata a noiva do médico para que o médico possa ajustar esse aspecto nele.

Se fizermos nossa própria revisão dos nossos desejos perceberemos que é uma compensação do nosso complexo de inferioridade. Quando o homem é rico por herança, ele não se sente no belo, porque não sente amor. Só um complexo de inferioridade para enxugar as distâncias entre o belo e o feio porque a megalomania corrompe, é a compensação da falta de auto-estima.

O belo só pode ser atingido pelos deuses. O homem é a interface e quando chega aí, ele encontra o amor. Como chegar ao caminho do meio? Como o indivíduo se acha capaz? Como se instala essa motivação? A linguagem é que produz essa visão. A frase fecha o quadro que lhe dá o entendimento.

O amor sempre será amor na dinâmica, no caminho. Fazemos o papel de amor que está instalado entre o bem e o mau. Se acharmos que temos a resposta estaremos numa megalomania que é fugir do feio sem recepcioná-lo.


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segunda-feira, 8 de junho de 2015

DOM OU MENTIRA?

A verbalização daquilo que é feito tem dois efeitos:
 -Rouba dos deuses a ciência do dom.
Instala uma dinâmica para enxergar o roubo divino.

O indivíduo pode ter um dom, mas não pode se apossar dele porque tem uma premissa. Se se apoderar do dom, o indivíduo fracassa na busca da emoção deste dom. Se ele tiver uma virtude, então é um empossado, mas se não tiver será uma farsa.

Qual a meta do desejo? Falar sobre essa meta leva o indivíduo a entender o que está simulando diante do desejo e não será um dom se ele tiver uma ideia de posse, se ele não tiver um sentimento de agalma, uma vez que o desejo não pode ser satisfeito porque não tem dom, ele é o elemento da falta, é só instinto.

Qual a consciência que estamos simulando? Mediante o desejo, o indivíduo simula uma perspectiva de gozo.

“Lacan diz que o gozo comporta uma corporização significante, ele indica que não há outro jeito de abordá-lo, senão pela mediação da linguagem. O significante seria a própria causa material do gozo, pois não se poderia abordar nenhuma parte do corpo se o Outro (com O maiúsculo = ser divino) não o simbolizasse. É a simbolização pela qual o corpo advém no gozo que pode ser chamada de sexuação e que não acontece de forma simétrica no homem e na mulher.” (Fábio Santos Bispo)

O Banquete de Platão é a técnica de Lacan. O Lacan não necessariamente devolve para o cliente, ele deixa falar para construir porque ele entende que não se educa a virtude.

Quando um indivíduo nasce, ele é criado pelos pais e recebe deles todas as informações, modo de ser, de se comportar, de pensar... portanto ele é falso a partir do que aprendeu com eles e é uma ilusão pensar que está fazendo o certo. Se não achar o dom, o indivíduo fica tomado em maior ou menor grau pelos instintos que não levam a Polis (cultura).

A mentira é um recurso de imitação, não é enganar o outro, é legítima, pois o indivíduo pode usar da mentira para se adaptar em sobreviver, para criar um sistema histérico de adaptação para que o outro o veja. Ex.: Os herdeiros são depressivos porque não há o dom.O dom não é algo que se possa tomar para si como se fosse um objeto e se acontecer de o indivíduo fazer algo além do normal para se apoderar dele, fracassará na emoção e enquanto reclamar que quer porque quer, ele não alcançará o objetivo.

Em todas as relações transferenciais existe um psicanalista, por isso, que todos os indivíduos são possessivos, como um casal que se separa e encontra num outro parceiro algo diferente do que tinha com o anterior. Comportamento X com o anterior e Y com a outra pessoa por causa do SupostoSaber, mas ambos tinham algo a oferecer, um SuspostoSaber.

Como a mulher se tornou agalma? Os primeiros agalmas eram os animais devido ao perigo (periculosidade). O indivíduo matava um animal valioso e o oferecia aos deuses e ao matá-lo tinha o poder do animal. Depois foi a ferramenta (espada, escudo, elmo...).  O indivíduo neste caso é valioso por ter objetos valiosos e importantes para caçar e se defender. O homem precisa da mulher para amadurecer seu ponto de vista, pois na intervenção feminina, o sacrifício é a emoção. Homem que mantêm uma mulher ignorante, é um homem selvagem assim como aquele que não a tem.


Qualquer projeto é um ensaio, uma simulação de algo que culmina no dom e é preciso um alinhamento. Ajustando a realidade, porém, com a consciência do que está fazendo dá o caminho para o novo passo. Um encontro está aliado ao outro e é o feminino que costura, pois feminino é natureza e não pode ser controlado. No banquete há um homem que se engasga dando a vez de falar ao outro. Esse é um recuo porque ele ainda não tem a vez para falar. E como saber se esse projeto dará resultado satisfatório? Só com o sentimento do dom é possível saber.

Psicanalise
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terça-feira, 2 de junho de 2015

CORRUPÇÃO, METÁFORA, COMPROMISSO

Avaliar as consequências de um ato ou outro instala a lei para coibir suas falsidades. O compromisso tem a ver com a ética, ele pressupõe que há um valor em progressão. É preciso “dar corda” às imagens para não virar fantasia.

A metáfora (condensações) e a metonímia (deslocamentos) serão para Lacan as duas leis fundamentais do inconsciente que responderão também pela fala do inconsciente, onde a estrutura metonímica de sequência de imagens que se conectam será o ponto de referência para caracterizar a estrutura do desejo.

No processo metonímico temos um deslocamento em que uma parte é tomada pelo todo, da mesma forma que no “objeto a” (a letra "a" em minúsculo qualifica uma alteridade, alguma coisa que está para além do sujeito desejante, que ele quer para si e que nunca é alcançado) alguma coisa toma o lugar, parcialmente, do desejo interditado ao sujeito. Igualmente, na metáfora alguma coisa é substituída em seu sentido por outra, o que se pode flagrar facilmente na narrativa dos sonhos, sempre metafóricos por excelência. A metáfora tem todos os significantes possíveis (parte física da palavra = grafia + som, mas que pode ter mais de um significado).  É rica em possibilidades.

“Lacan estabelece a existência do inconsciente a partir da linguagem e do lógico. Em todo fenômeno linguístico, significante e significado são dados juntamente. Para Lacan, o significante precede o significado, constituindo-se, pois, uma autonomia do significante. O significado é produzido pelo significante. É o significante que impõe ao sujeito a sua lei, e o significado do significante é constituído pelo desejo e pela castração. O sujeito deve desejar, e para isto, deve aceitar a castração. O significado depende do fato de que em primeiro lugar é o homem que se inclui no significante, e a identificação constitutiva do sujeito é a identificação com um significante. Daí a fórmula de que um significante é aquilo que representa o sujeito para outro significante. A passagem do significante para o significado é um ato de imposição, em que o significante é aquilo que se impõe, e o significado, o que é imposto.” Renato Oliva.

“Lacan (1988), em seu seminário IX, faz uma reformulação de sua teoria do significante. Ele diferencia, enfim, o significante do signo: enquanto o signo representa algo para alguém, um significante representa um sujeito para outro significante. Ele introduz o sujeito como qualidade representacional: ele é o suposto saber da diferença que conduz de um significante a outro, fazendo o deslizamento da cadeia de significantes. A diferença entre estas condições de representação é fundamental, pois faz incidir a suposição de um sujeito... o significante não é um efeito de sentido, mas ele é responsável por pacificar, adormecer ou despertar. Ele jamais se expressa de forma isolada, ele sempre se sobressai em relação aos outros, visto que não se concebe significante fora da cadeia. No caso do signo, ele pode ser encontrado na cadeia significante, o signo nada mais é que um significante desencadeado, que buscará elaborar uma nova cadeia que lhe faça sentido, ou seja, uma nova interpretação objetivando encandeá-lo outra vez (Teixeira, 2006)” Samuel L.Bezerra Lins

 “A própria possibilidade do inconsciente é condicionada pelo fato de que um significante pode insistir no discurso de um sujeito, sem por isso estar associado à significação que poderia importar para ele.” Será através do discurso que a percepção se concatena  elabora uma percepção compartilhada num espaço de intermediação dialética (Teixeira, 2006)”

Toda relação tem uma metáfora onde há transferência e contratransferência. O analisando transfere para o analista o desejo de ser e o analista contratransfere para o analisando o “supostosaber”. O que faz a metáfora funcionar é a humanização do indivíduo, uma vez que produz uma referência para ele. Ao apresentar ao indivíduo uma experiência vivida, parecida ou igual, ele se humaniza e se acalma, pois ele sente que é mais um lutando, mesmo que sofra mais do que o outro, mas não se sente sozinho.

Para não ficar na fantasia é preciso falar para significar, é preciso enxugar. Ao decifrar a metáfora, o indivíduo encontra seu destino e para isso é preciso contar as histórias para poder se lamentar, chorar, alegrar-se porque se permanecer na fantasia, a metáfora não ganhará significado e, portanto, não estará enxuto.

Tomemos o exemplo de um político corrupto. Ele recepciona o espelho do outro e quanto mais ele ofende mais o indivíduo que é ofendido se descobre, uma vez que o político é o reflexo de um povo que por ser mais inculto, tonaliza o voto nas suas  vulnerabilidades, na sua corrupção. O povo precisa reclamar que não tem apoio, que não ligam para ele. Essa reclamação é para entender o cenário que também é válido para todas as profissões onde se tem uma ideia de eficiência ou não. Ao entender a corrupção, o compromisso se instala no indivíduo, pois o uso da corrupção para tentar obter o resultado gera uma frustração quando esse resultado não vem e essa frustração é que mostra que a ação é corrupta. Se lançar um olhar para o cenário político perceberemos que quanto mais o caos se instala na cidade, mais o povo pede um político honesto.

Quando há empatia, o agalma (prêmio) está escondido.  Um casal reclama que não há diálogo. Um diz que tem uma dor de cabeça e o outro diz ter uma dor na perna. Que um está cansado e o outro também. Aqui como no caso do corrupto as metáforas podem apresentar uma farsa para o indivíduo usar seguidamente. Então, como ser um político de verdade?

Um casal reclama uma intervenção específica e um espera que o outro se movimente dentro da relação, mas o indivíduo não consegue dizer quem ele é na relação porque há uma impotência do mesmo frente ao interlocutor, porque não há alteridade com saída. O casal precisa entrar no caos para encontrar uma saída.


A mulher é o agalma. Durante algum tempo a mulher arquetipicamente teve que se conter, reprimir para que o horizonte masculino se ampliasse, depois ela teve que reduzir sua repressão, aumentar sua expressão social para que o homem reduzisse seu horizonte exageradamente ampliado. A meta da civilização agora é a busca do equilíbrio. Historicamente o masculino cresce e passa do limite, ao acontecer isso surge uma angústia que sinaliza a busca de um propósito.

FAZEMOS PARTE DE UM TEATRO, MAS QUEM ACHA O AGALMA LIDA COM ESSE TEATRO SEM CONFLITOS.

Psicanalise
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