Na estrutura
freudiana o Édipo nunca fecha. O sujeito desejante transformará todo o “objeto
a” (a letra
"a" em minúsculo qualifica uma alteridade, alguma coisa que está para
além do sujeito desejante, que ele quer para si e que nunca é alcançado) num fantasma e a maior eleita pelo masculino será o do feminino,
visado como objeto de gozo total, impossível de ser completado, pois esse gozo
total pertenceria ao desejo pela mãe, interditado e castrado simbolicamente na
estruturação do Édipo, uma vez que essa mulher pertence ao Pai. Ao introjetar
essa Lei do Pai que proíbe o incesto com a mãe a criança agora se inscreve na
ordem cultural que emana desse Nome-do-Pai (sentido da vida, lei, metáfora paterna). Ela se torna um ser social que
aceitou a castração para se inserir na ordem da cultura e a quem faltará para
sempre esse falo simbólico ao qual, miticamente, todas as fêmeas pertenceram um
dia e que, agora, pertence ao pai que lhe interdita e o castra com relação à
mãe e cujas funções ele procurará recuperar parcialmente por meio de “objetos
a” metonímicos. Neste contexto, o falo sempre será o significante de uma falta.
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