Na construção da consciência, o masculino, através do
falo, retira informações do Inconsciente para ser verbalizado, falado. Freud
conta a história de uma criança com um carretel e linha que joga por baixo da
cama e num vai e vem, cada vez que o carretel retorna, ele fala “ah!”. É o
mesmo que uma criança que tira e põe a tampa de uma caneta. Ela faz aparecer o
falo.
Freud entende que a criança sofria o abandono da mãe e com
o carretel ele comanda a falta ao puxar o carretel de volta. Se tentar dominar
a falta, o TOC é instalado o que, para algumas linhas, é um jogo de tortura,
insinuando que vai dar e não dá. É um ato simbólico que visa produzir uma dor
que está lá e cada falta tem sua especificidade.
No simbólico a mulher nunca pode TER. Ela não compreende
que ela é a produção da falta. O feminino sempre QUER, ele tem a VONTADE que é
o combustível, que não é convocado a um impulso devastador, é receptivo, prima
o conforto. A investigação tem um limite, um “tom”, a mulher sempre irá
investigar menos que o homem. A fêmea sempre é receptiva para a semente, mas
tem uma regra: tem que ser o melhor macho para fecundá-la. O critério da fêmea
para essa escolha e a preocupação do feminino é carregar a semente, por isso a
mulher irá forçar o homem a evoluir. É o papel do feminino fazer a pressão.
Qual é a ideia dessa pressão? O ganho de consciência. Todo discurso de uma
mulher é um discurso do feminino. Não importa como essa mulher é (histérica,
masculinizada, etc...)
Se a mulher se relacionou sexualmente com outro, ela produz
uma falta para o companheiro porque ele, o outro, roubou dela algo que era seu.
Psicologicamente, ao entender que a mãe não é virgem ele se frustra porque o
pai é quem tem a mãe uma vez que a virgindade é algo que é retirado do
inconsciente no que ninguém pôs a mão. As coisas não estão acontecendo no
literal e sim no imaginário, mas viver no imaginário é viver no mimesis (mentira, imitação). A
pessoa vivendo no imaginário procura alguém que não esteja nesse imaginário.
Todo homem é viril. Hoje a virilidade masculina do homem
moderno é diferente da do homem antigo. Antes ele tinha que lutar com espadas
ou matar ursos para comer, hoje ele paga contas. O homem acredita TER e não
tem, mas o que ele TEM é o que a mulher QUER, porém não haverá paz se o TER se
transformar em uma posse e os EXCESSOS DE QUERER e TER são as causas dos mal
estares na mulher e no homem.
Atendimentos na
Zona Sul e Zona Norte
e-mail:
beth.psicanalista@yahoo.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário